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Nina Lemos

10 coisas secretas que pessoas casadas fazem quando estão sozinhas em casa

Nina Lemos

23/01/2019 04h00

Foto: Divulgação

Sabe aquele filme antigo, chamado "Esqueceram de Mim?", quando uma criança, o maravilhoso Macaulay Culkin, fica sozinho em casa e faz todas as coisas que uma criança de quatro anos tem vontade fazer? Pois é, a vida de casada é meio parecida com esse filme.

Sim, quando somos adultos e moramos com outras pessoas, adoramos quando finalmente estamos sozinhos, livres, eba! "Meu marido (ou mulher) viajou!" E o que fazemos com esse tempo livre? Dublamos músicas e comemos na cama. Sim, a vida é simples assim. Leia abaixo algumas dessas liberdades maravilhosas.

 

1. Assistimos a filmes ridículos que temos vergonha de ver na frente dos outros (e até da gente mesma)

Outro dia conversei com um amigo gay que me confessou fazer a mesma coisa. Sim, os gostos ridículos não têm gênero. Sim, a gente assiste a filmes ridículos quando tem gente em casa também. Mas o prazer de ver seis filmes de Natal em seguida, sem ter que explicar que gosta de coisas ridículas, é maravilhoso. E às vezes a gente tem vergonha até da gente mesmo por gostar de certas coisas e "não quer ser visto".

 2. No caso dos homens héteros (ou de mulheres que gostam de esporte),  assistem esportes que não gostam por horas

Sim, perguntei para o meu marido o que ele fazia quando eu não estava em casa, se ele também ficava feliz e ele disse que sim, claro. Ele aproveita esse tempo maravilhoso de liberdade para assistir campeonatos infindáveis de jogos na TV de esportes que ele nem sabe quais são sem ter que explicar o que é aquilo. Eu o compreendo.

 3. Comemos na cama

Quem nunca? Sabe, Doritos na cama, ao mesmo tempo em que você assiste a um filme de princesa ou resolve ver todos os episódios de "Gilmore Girls" de novo?

4. Deixamos a pia empilhar de louça

Se você é adulto e mora com alguém, uma das regras da boa educação é manter as áreas de uso comum, tipo a cozinha, limpas. Não estou falando de república, mas de adultos dividindo um espaço. Serve para amigos dividindo casa também, claro. Sozinha, você aproveita a liberdade de deixar a cozinha um caos. E o banheiro molhado.

5. Dançamos em frente ao espelho fazendo mímica com o microfone

Da série: tem coisas que a gente não quer que ninguém veja, nem mesmo a gente. Como, por exemplo, dublar todo o repertório da Amy Winehouse em frente ao espelho. Claro, fazemos isso na casa de amigos também. E por isso PRECISAMOS de amigos que gostam de fazer coisas estúpidas como a gente, como se fantasiar de árabe no meio de uma festa (tenho um amigo que faz isso, e ele já passou dos 50). Mas precisamos fazer essas coisas sozinhas TAMBÉM.

6. Ouvimos músicas para chorar

"Tem coisa melhor do que chorar sem ninguém perguntar o motivo?", pergunto para uma amiga casada e mãe de dois filhos. "Não! Chorar sem ninguém perguntar é uma maravilha", ela responde. Para aproveitar esses momentos de suprema felicidade, fazemos coisas como assistir uma maratona de clipes do Radiohead.

7. Saímos de madrugada para fazer loucuras, como ir ao McDonald's

Sabe aquela larica no meio da noite? E uma vontade louca de comer uma coisa bem gordurosa tipo um Mc? Tem coisa melhor do que fazer isso sem ter que dar explicações? Sim, existe muita liberdade em sair de casa meia noite só para ir a um McDonald's (troque pelo fast food da sua preferência).

8. Jogamos videogame por horas

Sinceramente, eu não gosto de jogar videogame e não entendo esse gosto, mas um amigo casado, que ama, diz que é um prazer maravilhoso fazer isso durante uma madrugada inteira sem ser interrompido. E eu acredito.

9. Nos metemos em tretas sem ninguem para falar "para!"

Sabe aquela treta no Twitter que não vai dar em nada, que apenas vai servir para você se desgastar? Sim, todas as pessoas têm prazeres masoquistas, por isso, de vez em quando, gostamos de brigar com desconhecidos sem que alguém nos fale: "Para de discutir o uso de trajes indígenas por crianças brasileiras no Carnaval com essas pessoas que você nem conhece!"

10. Vamos ao banheiro de porta aberta

E isso eu não preciso explicar.

Sobre a autora

Nina Lemos é jornalista e escritora, tem 46 anos e mora em Berlim. É feminista das antigas e uma das criadoras do 02 Neurônio, que lançou cinco livros e teve um site no UOL no começo de 2000. Foi colunista da Folha de S. Paulo, repórter especial da revista Tpm e blogueira do Estadão e do Yahoo. Escreveu também o romance “A Ditadura da Moda”.

Sobre o blog

Um espaço para falar sobre a vida das mulheres com mais de 40 anos, comportamento, relacionamentos, moda. E também para quebrar preconceitos, criticar e rir desse mundo louco.